“The World is not a Desktop” é um texto escrito por Marc Weiser e ao longo dele o autor discorre sobre como ele crê que os computadores deveriam ser. Weiser acredita que os computadores deveriam ser imperceptíveis ao usuário e não chamar sua atenção. Para ele a tecnologia deveria estar tão integrada com a rotina de um ser humano que ela não passaria de uma etapa para o cumprimento de uma tarefa e não o centro das atenções.
Em certo momento do texto ele utiliza os exemplos do comando de voz e da realidade virtual para demonstrar como essas possíveis formas não são positivas, uma vez que ela retira a atenção do usuário do mundo real é obriga um relacionamento mais imersivo com mundo virtual. Esse exemplo me lembrou do episódio dois da sexta temporada da série norte américa Community, no qual o diretor da faculdade troca o sistema ultrapassado por um baseado em realidade virtual. O humor desse episódio consiste em mostrar justamente isso, tarefas simples e fáceis como deletar um arquivo se tornaram verdadeiras odisséias nas quais o reitor tinha que afogar um arquivo para deletá-lo.
Se você, leitor, acredita que eu concordo cem por cento com o posicionamento dele, então você está bem enganado. Eu concordo que um usuário não deve doar toda sua atenção à interface, porém também acredito que tornar um produto mais atrativo possa abrir um leque de possibilidades. O celular é algo que possui o melhor dos dois mundos, nossa relação com esse dispositivo passou de algo destina a fazer chamada para um computador de bolso e não podemos negar que isso só foi possível deixando o celular mais atrativo. Após a inovação trazida pela Apple que foi o multi touch mexer no celular ficou muito mais fácil, conseguimos dar zoon in e zoon out com o simples arrastar de dois dedos. Em outras palavras ao mesmo tempo que utilizamos esse aparelho pra consumir mídias e realizar tarefas complexas, navegamos de forma mais intuitiva e orgânica com gestos que possuem uma certa lógica.
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