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Foto do escritorVinicius Veras

Pesquisa inicial para G2.

Atualizado: 11 de dez. de 2020

Essa semana eu minha dupla, Bárbara, pensamos em como poderíamos utilizar superfícies para estimular os sentidos, principalmente o tato, de pessoas surdas, cegas ou com baixa visão. Enquanto ela trouxe informações interessantes sobre a relação dos deficientes auditivos e as superfícies, eu fique responsável por pensar e pesquisar pela perspectiva dos deficientes visuais.

No dia 28 de outubro desse ano houve um seminário sobre a educação híbrida como forma de trazer um ensino mais inclusivo, em um momento a professora e pesquisadora Adenize Queiroz falou um pouco sobre esse desafio. Um fato mostrado por ela que me chamou muita a atenção é que quando um aluno com necessidades especiais precisam de acesso a materiais em braille eles correm o risco de recebê lo apenas no final do semestre e após as avaliações.

Pensando nesse cenário, propus a minha dupla uma espécie de kindle em braille, a superfície iria criar pontos de relevo para a leitura. Com dez minutos de pesquisa percebi que essa idéia não era nada original e já havia alguns dispositivos, o Canute e os refreshable braille display já permitem a leitura de textos e páginas da internet. Mesmo não muito criativa, acredito que essa idéia tem muito potencial a partir do momento que ela se propõe a mostrar mais que texto.

Com a internet das coisas esse dispositivo poderia mostrar informações textuais dos dispositivos em torno do usuário, mas também poderia mostrar o mapa e as marcações que o local possui para ajudá lo a se localizar do andar de um estabelecimento no qual a pessoa se encontra. Ou até mesmo, retornando ao ambiente das escolas, ele poderia se comunicar com uma câmera que pega o que está escrito no quadro e reproduz em braile pro aluno, assim ele poderá ter acesso às anotações que o professor faz durante a explicação.

A última idéia pode parecer um pouco futurista, mas já possuímos essa tecnologia e na palma da nossa mão. O google lens atualmente já consegue captar texto em letra cursiva com uma certa margem de erro, imagina daqui a alguns anos. De qualquer forma eu e minha dupla estamos pensando bastante sobre esse tema, com o máximo de cuidado e respeito, e esperamos produzir um bom projeto conceito que expanda não só os sentidos mas também a interação deles com o mundo.


03/12/2020


Com a nossa pesquisa da aula passada nos debatemos para escolher o melhor caminho para nossa G2 e optamos por trabalhar apenas com crianças com deficiência auditiva. Não só por já termos informações suficientes para começarmos a desenvolver ideias mas também por estarmos envolvidos com a questão musical na vida dessas crianças. Além disso, constatamos com a nossa atual pesquisa que o braille utilizado para a linguagem musical é bastante complexo e sofre inúmeras alterações dependendo do local e do instrumento. Mesmo sendo um projeto conceito, entramos num consenso que essa complexidade poderia dificultar o desenvolvimento de algo que realmente pode ajudar nosso público alvo.

Dessa maneira, nossa primeira ideia foi trabalhar com o lazer dessas crianças ao ouvir música mas percebemos que poderíamos ir um pouco além disso. A partir das informações do projeto de Dr Shibata, percebemos que crianças com essa deficiência estudam música a partir de suas vibrações e entendemos que é uma parte essencial de sua educação. Assim, escolhemos um recorte mais profundo: o estudo de música por crianças com deficiência auditiva.

Seguindo esse tema, a ideia que mais nos agradou foi a criação de um aplicativo para essas crianças com deficiência auditiva e para suas escolas que dão aula de música. O aplicativo contaria com dois caminhos: um para ser utilizado dentro da escola e outro fora. Quando na escola, a criança selecionaria a música a ser estudada e as notas musicais seriam apresentadas na tela. O aplicativo dará feedbacks visuais para criança sobre as notas tocadas certamente e sobre as notas tocadas erradamente. As outras crianças, enquanto uma aprende as notas e tenta tocar, irão entrar em contato com a superfície moduladora de vibrações, que reproduz as vibrações da música escolhida. Em casa, a criança poderá colocar seu cordão do aplicativo e tocar a música no aplicativo para sentir a vibração da música e aprender a letra da música.


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